Por Júlio Moredo
A saga de Aymeberê pela voz calada dos tamoios, sua tribo, da qual era chefe e líder numa confederação que quase expulsou os portugueses do Brasil
Uma jornada única pelo Brasil que já foi e ainda é indígena
Aymberê, "O Inquebrável" em tupi, foi líder do orgulhoso povo tamoio, os tupinambás do sul, habitantes da costa do Rio de Janeiro e norte paulista durante a dramática guerra da Confederação indígena contra a opressão, as matanças, o escravismo e a crueldade dos colonizadores portugueses instalados a norte, na Bahia, Pernambuco e Vila Velha, e a sul, em São Vicente, Santos e São Paulo. Épica e trágica, sua saga como último chefe de uma grande união de povos é narrada em primeira pessoa, como testemunho, neste terceiro livro de Júlio Moredo. Mesclando rigor e verdade histórica com o lirismo que o período traz às mentes, Moredo conta guerras e vitórias, antropofagia e fanatismo religioso numa autêntica viagem ao tempo em que a América era virgem. Figuras de proa da história brasileira como José de Anchieta, Manuel da Nóbrega, Leonardo Nunes, Nicolas de Villegagnon, Hans Staden, Cunhambebe, Boissy-le-Comte, Estácio de Sá, Tibiriçá e Brás Cubas se sucedem numa saga de amor e heroísmo. Episódios como o maremoto de São Vicente, a França Antártica, o cerco de Piratininga, a Paz de Ubatuba e a fundação do Rio de Janeiro irão se assomar pelas matas de Pindorama, o Brasil nativo que ainda resiste.
Aymberê, "O Inquebrável" em tupi, foi líder do orgulhoso povo tamoio, os tupinambás do sul, habitantes da costa do Rio de Janeiro e norte paulista durante a dramática guerra da Confederação indígena contra a opressão, as matanças, o escravismo e a crueldade dos colonizadores portugueses instalados a norte, na Bahia, Pernambuco e Vila Velha, e a sul, em São Vicente, Santos e São Paulo. Épica e trágica, sua saga como último chefe de uma grande união de povos é narrada em primeira pessoa, como testemunho, neste terceiro livro de Júlio Moredo. Mesclando rigor e verdade histórica com o lirismo que o período traz às mentes, Moredo conta guerras e vitórias, antropofagia e fanatismo religioso numa autêntica viagem ao tempo em que a América era virgem. Figuras de proa da história brasileira como José de Anchieta, Manuel da Nóbrega, Leonardo Nunes, Nicolas de Villegagnon, Hans Staden, Cunhambebe, Boissy-le-Comte, Estácio de Sá, Tibiriçá e Brás Cubas se sucedem numa saga de amor e heroísmo. Episódios como o maremoto de São Vicente, a França Antártica, o cerco de Piratininga, a Paz de Ubatuba e a fundação do Rio de Janeiro irão se assomar pelas matas de Pindorama, o Brasil nativo que ainda resiste.
Comentário sobre o livro:
“Nesta obra, Moredo leva o leitor a descortinar o “mundo novo” pela voz e pelos olhos de seus habitantes originários no tempo exato em que se desvanecia a inocência do “encontro” com aqueles que lhes pareceram deuses, dando-se conta de terem sido vítimas do “descobrimento”. Seus próprios deuses não lhes protegeram de ser “achados” por gentes tão vis e cruéis como aqueles perós que os escravizavam (...) Seu protagonista e principal narrador é um personagem histórico do qual sabemos algumas coisas pelas cartas e crônicas jesuíticas: fora escravizado em um engenho de Brás Cubas, do qual fugiu; que era filho de outro Principal, o chefe Cairuçu, e que foi um dos mais radicais líderes da chamada Confederação dos Tamoios, promotor do primeiro tratado de paz das Américas, firmado na atual Ubatuba. Numa pesquisa histórica cuidadosa, Moredo produziu um romance épico que merece ser lido por nossos jovens por aquele que, um dia, leu os romances escandalosamente colonialistas e inverossímeis. Este livro presta um enorme serviço à memória nacional, às novas gerações e aos povos originários”
Retrato presumido de Aymberê segundo o cientista franco-brasileiro Hercule Florence
Wilmar D’Angelis,Professor doutor em antropologia e indigenista/tupinólogo da UNICAMP.
